Como Secretário Nacional de Comunicação do PT, Tatto afirmou que o partido está focado em evitar que o projeto seja colocado em votação no plenário da Câmara dos Deputados, por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa. Isso porque, segundo Tatto, o PT teria feito um acordo com Lira em 2022, no qual apoiariam a reeleição dele desde que não pautasse temas delicados para o governo Lula, como mudanças na legislação do aborto e pedidos de impeachment do presidente.
Para garantir que esse acordo não seja quebrado, parte da bancada petista tem evitado atacar o presidente da Câmara. A estratégia é clara: evitar que o projeto seja pautado, pois caso isso ocorra, a oposição teria mais votos. A prioridade do PT é proteger as pessoas que seriam afetadas pela aprovação do projeto.
O texto do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) propõe alterações no Código Penal para aumentar a pena daqueles que realizarem abortos após as 22 semanas de gestação, equiparando a punição à de homicídio simples, com pena de até 20 anos. Essa pena seria aplicada tanto às grávidas quanto às pessoas que realizarem o procedimento.
A discussão em torno desse projeto tem gerado polêmica e mobilizado diferentes setores da sociedade e do Congresso Nacional. O embate entre os defensores e críticos do PL antiaborto promete se intensificar nas próximas semanas, refletindo as divergências e posicionamentos políticos sobre essa questão tão sensível e complexa.