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Deputado do PT busca estratégia de contenção de danos contra PL antiaborto na Câmara dos Deputados em Brasília

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) revelou que parte da bancada do partido está adotando uma estratégia de contenção de danos em relação ao projeto de lei 1904, conhecido como PL antiaborto. Esse projeto prevê um limite de 22 semanas para a realização de qualquer procedimento de interrupção de gravidez em casos de estupro no Brasil e teve sua urgência aprovada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (13).

Como Secretário Nacional de Comunicação do PT, Tatto afirmou que o partido está focado em evitar que o projeto seja colocado em votação no plenário da Câmara dos Deputados, por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa. Isso porque, segundo Tatto, o PT teria feito um acordo com Lira em 2022, no qual apoiariam a reeleição dele desde que não pautasse temas delicados para o governo Lula, como mudanças na legislação do aborto e pedidos de impeachment do presidente.

Para garantir que esse acordo não seja quebrado, parte da bancada petista tem evitado atacar o presidente da Câmara. A estratégia é clara: evitar que o projeto seja pautado, pois caso isso ocorra, a oposição teria mais votos. A prioridade do PT é proteger as pessoas que seriam afetadas pela aprovação do projeto.

O texto do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) propõe alterações no Código Penal para aumentar a pena daqueles que realizarem abortos após as 22 semanas de gestação, equiparando a punição à de homicídio simples, com pena de até 20 anos. Essa pena seria aplicada tanto às grávidas quanto às pessoas que realizarem o procedimento.

A discussão em torno desse projeto tem gerado polêmica e mobilizado diferentes setores da sociedade e do Congresso Nacional. O embate entre os defensores e críticos do PL antiaborto promete se intensificar nas próximas semanas, refletindo as divergências e posicionamentos políticos sobre essa questão tão sensível e complexa.

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