Chinaglia classificou o episódio como “absolutamente incomum e sem precedentes em tempos normais”. Segundo o deputado, a visita de Bolsonaro à embaixada não se tratou de uma mera formalidade ou de uma simples conversa com o embaixador. O político argumentou que, diante dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 e da rápida ação da justiça brasileira, é essencial para a democracia e a justiça do Brasil que tal episódio preocupante seja devidamente esclarecido.
O pedido de Chinaglia precisa ser aprovado pelo colegiado presidido pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS). Caso a solicitação seja aceita, Jair Bolsonaro será convocado a prestar esclarecimentos sobre sua permanência na Embaixada da Hungria e os motivos que o levaram a buscar abrigo no local após entregar seu passaporte à Polícia Federal.
Bolsonaro teria chegado à embaixada húngara na noite de 12 de fevereiro, uma segunda-feira de Carnaval, acompanhado de dois seguranças, de acordo com informações do New York Times. A atitude do presidente gerou especulações e críticas por parte de diversos setores da sociedade, o que motivou a iniciativa de Chinaglia em convocá-lo para esclarecimentos no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. A expectativa é de que Bolsonaro aceite o convite e se pronuncie sobre esse controverso episódio.