Deputada Carla Zambelli e hacker Delgatti responderão por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, segundo PGR.

A deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, estão sendo acusados de crimes graves pela Procuradoria-Geral da República. Segundo as investigações, Zambelli teria utilizado os serviços de Delgatti para criar um ambiente de desmoralização da Justiça brasileira logo após a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Delgatti, por sua vez, teria invadido sistemas do Judiciário em pelo menos dez ocasiões. Além de criar mandados falsos de prisão, bloquear bens e quebrar sigilos de autoridades, o hacker teria produzido alvarás de soltura falsos para beneficiar até mesmo um líder do Comando Vermelho, condenado a mais de 200 anos de prisão.

A relação entre Zambelli e Delgatti veio à tona após uma publicação da própria deputada nas redes sociais. Em uma foto postada no Instagram, Zambelli afirmou ter se encontrado com o hacker em um hotel em Ribeirão Preto (SP) e fez uma declaração enigmática, sugerindo que o encontro traria “novidades” que deixariam muita gente de cabelo em pé.

Os envolvidos agora terão que responder por crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A repercussão do caso tem gerado debates acalorados sobre a segurança cibernética e a ética no uso da informação. A Justiça brasileira terá a responsabilidade de analisar as provas e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos de acordo com a lei.

Esse episódio coloca em evidência a importância de proteger nossos sistemas de informação e de garantir a ética e a transparência nas relações políticas. A sociedade espera que casos como esse sirvam de alerta para a necessidade de uma maior conscientização sobre os riscos da manipulação digital e a importância de respeitar os princípios democráticos em todas as esferas de poder.

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