Repórter São Paulo – SP – Brasil

Departamento de Justiça dos EUA recomenda reclassificação da cannabis como droga de categoria três, com menor potencial de vício e punições menos severas.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, responsável por supervisionar a agência antidrogas DEA, recomendou recentemente uma mudança significativa na classificação do cannabis. Segundo informações obtidas por fontes confiáveis pela Reuters, a proposta é reclassificar a substância como uma droga de categoria três, com potencial de dependência física e psicológica moderado a baixo. Atualmente, o cannabis está classificado na categoria um, juntamente com drogas consideradas altamente viciantes, como heroína e LSD.

Essa recomendação tem gerado intensos debates e discussões, uma vez que a mudança de categoria implica em punições menos severas para os usuários, de acordo com a legislação federal. A proposta agora segue para avaliação do Gabinete de Administração e Orçamento da Casa Branca, onde passará por revisões e possíveis ajustes antes de ser oficialmente implementada. Além disso, ainda está previsto um período de comentários públicos e um processo regulatório antes que a reclassificação seja efetivamente concretizada.

O presidente Joe Biden, do Partido Democrata, que está concorrendo à reeleição este ano, prometeu durante sua campanha revisar a classificação do cannabis, atendendo a uma demanda de membros de sua base política mais à esquerda. A mudança proposta colocaria o cannabis em uma categoria semelhante à de medicamentos como Tylenol, com codeína e cetamina, o que gerou reações variadas entre defensores e críticos da legalização da maconha.

Essa reclassificação também levanta questões sobre as diferenças entre as leis estaduais e federais em relação ao uso e comercialização do cannabis, já que diversos estados americanos legalizaram a maconha para uso medicinal ou recreativo, enquanto a legislação federal ainda a enquadra como uma substância controlada. A possível mudança de categoria do cannabis reflete um movimento em direção a políticas mais flexíveis em relação à droga, que tem sido alvo de intenso debate e controvérsia nos Estados Unidos.

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