Considerando que a região da tríplice fronteira é uma das principais preocupações da política de antiterrorismo dos EUA na América do Sul, a recente operação Trapiche realizada pela Polícia Federal em 2023, que resultou na prisão de três homens suspeitos de integrar o Hezbollah, ressalta a importância de fortalecer o controle antifraude sobre operações financeiras na região. Esse caso específico apontava para um plano de ataque contra alvos judaicos no Brasil.
A entidade privada responsável por coordenar esse movimento é a Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), que criou um selo de conformidade para instituições autorizadas a operar em câmbio. Além disso, a Abracam está colaborando com diversas organizações especializadas em prevenção de crimes financeiros, como a GovRisk, a K2 Integrity e a American Bar Association.
Representantes do governo americano, da Polícia Federal, do COAF e de entidades de fiscalização de operações financeiras da Argentina e Paraguai também estão envolvidos nessa iniciativa. A intenção é elaborar nos próximos meses um plano conjunto que leve em consideração as legislações locais e as diferenças regulatórias dos países, com o objetivo de aprimorar os mecanismos de fiscalização das empresas que operam câmbio.
Com essa abordagem colaborativa e integrada, espera-se otimizar a comunicação de suspeitas do setor privado às autoridades públicas, resultando em informações mais precisas para investigações e recuperação de ativos. Esse esforço conjunto demonstra o compromisso das partes envolvidas em combater os crimes financeiros e fortalecer a segurança na região da tríplice fronteira.