As investigações, que correm em sigilo, revelaram que alguns empresários que eram cotistas do fundo Talismã, controlador da concessão da Feira da Madrugada, se beneficiaram adquirindo lojas por valores muito abaixo do estipulado pela prefeitura de São Paulo no edital de concessão. Desde 2021, o espaço é administrado pela Circuito de Compras, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) controlada pelo fundo Talismã, com participação da ZSRX Investimentos.
Os principais cotistas do Talismã envolvidos no caso são Lak Jung Son, Rubens Elias Zogbi Filho, Bruno Guedes Pereira, Paulo Zhu, Ronaldo Zhu e Chen Wefen. Eles são apontados como responsáveis por um esquema de fraude na administração de contratos de locação dos boxes e lojas do shopping, montando uma administração paralela.
Diversos abusos foram discutidos na CPI da Pirataria da Câmara Municipal de São Paulo em 2022, levantando questões sobre investimentos e fiscalização no local. Eduardo Badra e Manoel Simião Sabino Neto foram apontados como responsáveis pelos esquemas investigados, resultando no afastamento da diretoria do fundo de investimentos.
As investigações da Polícia Civil apontam para a criação de uma divisão própria dentro do shopping para controlar as atividades, com relatos de agressões físicas, estelionato e extorsão contra comerciantes. O Circuito de Compras não se manifestou sobre o caso e os envolvidos não foram localizados para prestar esclarecimentos até o momento.