Dengue avança para regiões inesperadas no Paraná, afirma Secretário de Saúde em entrevista coletiva.

A epidemia de dengue no estado do Paraná continua em ascensão e ainda não atingiu o seu ápice de casos, como afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, em uma entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (14). De acordo com o secretário, o estado enfrentará mais algumas semanas de aumento nos números devido à dengue, que se configura como a maior epidemia já enfrentada pela região.

Uma das principais preocupações apontadas por Beto Preto é a disseminação da dengue para regiões do estado que não possuem histórico de problemas com a doença, como é o caso de municípios do centro sul, como Irati e Guarapuava. O fenômeno climático do El Nino também foi apontado como um dos responsáveis por antecipar em dois meses a curva epidêmica da dengue no Paraná.

O secretário destacou que as altas temperaturas podem dobrar a vida do mosquito Aedes aegypti, principal vetor de transmissão da dengue. Além disso, a presença disseminada do mosquito foi detectada em algumas áreas do estado, sendo que em algumas localidades ele pode ser visto durante o dia, algo incomum.

Diante desse cenário preocupante, o governo do Paraná decretou situação de emergência em saúde pública para a dengue, com vigência de 90 dias. A medida tem como objetivo reforçar as ações de controle e combate à doença, intensificando as visitas domiciliares para eliminação de focos do mosquito, recomendações relacionadas à aquisição de larvicidas e o cumprimento das determinações sanitárias.

A declaração de emergência também visa facilitar a destinação de recursos do governo estadual e federal aos municípios, agilizando processos de aquisição de insumos e medicamentos. A população também é orientada a colaborar com as medidas sanitárias para combater a doença, que representa um grave problema de saúde pública no estado do Paraná.

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