Defesa de Julian Assange busca última esperança na Corte Europeia de Direitos Humanos antes de decisão sobre extradição no Reino Unido

A audiência para decidir sobre a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos foi adiada para o dia 20 de maio. Neste caso que se tornou um símbolo das ameaças à liberdade de imprensa, os juízes irão avaliar se as garantias apresentadas são suficientes para permitir que Assange tenha acesso a um último recurso no Reino Unido.

Os partidários do jornalista afirmaram que, caso sejam derrotados, levarão o caso à Corte Europeia de Direitos Humanos na tentativa de suspender a extradição. Assange enfrenta a possibilidade de receber uma pena de até 175 anos de prisão por ter divulgado mais de 700 mil documentos confidenciais envolvendo atividades militares e diplomáticas dos EUA, sobretudo no Iraque e no Afeganistão a partir de 2010. Entre esses documentos, está um vídeo que mostra civis, incluindo dois jornalistas da Reuters, sendo mortos por disparos de um helicóptero de combate dos EUA.

O fundador do WikiLeaks foi preso pela polícia britânica em 2019, após passar sete anos na embaixada equatoriana em Londres para evitar a extradição para a Suécia em um caso de investigação de estupro arquivado no mesmo ano.

A saúde de Julian Assange tem sido motivo de preocupação nas últimas semanas, já que pessoas próximas a ele afirmam que seu estado de saúde está se deteriorando. Sua defesa também alerta para o risco de suicídio caso ele seja extraditado. Com problemas de saúde, Assange não compareceu às duas audiências realizadas em fevereiro.

A decisão sobre a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos continua sendo uma questão delicada e complexa, com importantes implicações para a liberdade de imprensa e para o futuro do jornalismo investigativo. O caso seguirá em análise até a nova audiência marcada para maio, onde novos desdobramentos poderão definir o destino do fundador do WikiLeaks.

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