Declínio da natalidade na França gera medidas do governo, incluindo nova licença parental de seis meses para ambos os pais.

A França, a segunda maior economia da União Europeia (UE), enfrenta um problema de natalidade sem precedentes. No ano passado, o país registrou o menor número de nascimentos desde 1946, com um total de 678.000 bebês. Além disso, a taxa de fertilidade está em declínio, com uma média de 1,68 filhos por mulher, de acordo com dados oficiais.

Diante dessa situação preocupante, o presidente Emmanuel Macron anunciou medidas para reverter a tendência. Entre elas, está a implementação de um novo período de licença parental de seis meses para ambos os pais, substituindo o atual sistema considerado “extremamente curto e mal remunerado”. Além disso, Macron anunciou um plano de combate à infertilidade, que atualmente afeta cerca de 3,3 milhões de franceses.

Buscando impulsionar a natalidade e garantir um futuro próspero para o país, Macron está empenhado em reformar seu governo e implementar políticas que promovam a cidadania e a ordem. Na semana passada, ele nomeou o primeiro-ministro mais jovem da França, Gabriel Attal, de apenas 34 anos. Além disso, o presidente defendeu a regulamentação do uso de dispositivos móveis, tanto em casa quanto na escola, e propôs a experimentação do uso do uniforme escolar em 2024, com possível generalização em 2026.

Essas ações fazem parte do plano de Macron de relançar seu segundo mandato, que termina em 2027. Com uma guinada à direita em seu governo e um foco em questões como a natalidade e a ordem cívica, o presidente busca reforçar sua imagem e implementar mudanças significativas na sociedade francesa.

No entanto, algumas dessas propostas ainda carecem de detalhamento, como a regulamentação do uso de celulares e dispositivos móveis. Além disso, as medidas propostas para impulsionar a natalidade enfrentam desafios complexos, que envolvem questões econômicas, culturais e sociais. Resta aguardar para ver como essas políticas serão implementadas e qual será o impacto real delas na família francesa e na sociedade como um todo.

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