Declaração final da cúpula do G7 não inclui referência direta ao direito ao aborto, Itália se opõe

O esboço da declaração final da cúpula do G7, grupo formado pelas sete economias mais desenvolvidas do mundo, não apresenta qualquer menção direta ao direito ao aborto. A ausência desta referência gerou polêmica e divergências entre os países participantes, com a Itália, atual detentora da presidência temporária do grupo, se opondo veementemente a incluir tal tema, conforme documento consultado pela Agência France-Presse (AFP) nesta sexta-feira (14).

De acordo com informações obtidas, Estados Unidos, França e União Europeia defendiam a manutenção da mesma redação utilizada na declaração final da cúpula do G7 realizada em Hiroshima, no Japão, em 2023. Neste documento anterior, havia assegurado o “acesso ao aborto seguro e legal e aos serviços de cuidados pós-aborto”. No entanto, as negociações em torno deste ponto não alcançaram um consenso devido à resistência da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

A discordância em relação ao direito ao aborto expôs as diferentes posições dos países membros do G7 sobre questões sensíveis e controversas. Enquanto alguns governos defendem a garantia deste direito como parte dos direitos reprodutivos das mulheres, outros países como a Itália, demonstraram uma postura contrária a incluir tal disposição nas declarações conjuntas.

Diante disso, a cúpula do G7 segue em andamento com debates sobre temas que vão desde a crise climática até a recuperação econômica pós-pandemia. A divergência em relação ao direito ao aborto evidencia as complexidades e desafios enfrentados pelos líderes mundiais ao buscar acordos em meio a interesses e posicionamentos divergentes. O desfecho final da declaração ainda permanece incerto, o que demonstra a complexidade das negociações diplomáticas no âmbito internacional.

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