Essa semana completou-se um ano desde a queda do ex-presidente, quando o Congresso o depôs pelo crime flagrante de rebelião contra o regime democrático, por ter ordenado o fechamento do Parlamento. A decisão do Tribunal sobre o caso será conhecida em breve.
Durante o julgamento, o ex-presidente alegou que nunca pegou em armas e indicou que seu pedido de dissolver o Congresso não se consumou porque suas ordens não foram acatadas pelas forças armadas. Ele também reiterou sua versão de que foi retirado do cargo no âmbito de uma suposta conspiração política entre o Congresso de direita e o Ministério Público, que o investigava por suspeita de corrupção.
“Está claro que houve uma armação, uma ação preparada, para depor meu Governo”, afirmou o ex-presidente durante o julgamento. Ele atualmente cumpre 36 meses de prisão preventiva, à espera de que a justiça decida seu eventual julgamento.
O ex-presidente, que é um professor rural, tem sido alvo de intensos debates políticos desde sua queda. Enquanto seus apoiadores o consideram um defensor dos direitos dos trabalhadores rurais, seus opositores o acusam de tentar minar as instituições democráticas do país.
A decisão do Tribunal será aguardada com expectativa, pois terá repercussões significativas na política do país. Independentemente do resultado, o caso do ex-presidente tem mostrado a fragilidade das instituições democráticas e a intensa polarização política que tem marcado o país nos últimos anos.