A nova decisão foi baseada em uma revisão dos critérios da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que exclui a reeleição como direito humano. A resolução da Bolívia vem em linha com as orientações dessa autoridade internacional. Segundo o Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia, a restrição à possibilidade de reeleição indefinida é uma medida idônea para assegurar que uma pessoa não se perpetue no poder.
Essa decisão tem significativas implicações para a política boliviana, principalmente porque o atual líder do país recandidatou-se em 2019 amparado pela reeleição indefinida. No entanto, a decisão do Tribunal Constitucional traz um fim a essa possibilidade, uma vez que não cabe recurso. Portanto, o presidente e o vice-presidente terão que se adequar às novas regras estabelecidas pelo tribunal.
A medida também representa uma mudança significativa na forma como a política é praticada na Bolívia, uma vez que a reeleição indefinida tem sido uma prática comum no país. Com a proibição dessa prática, espera-se que surjam mudanças no cenário político boliviano e que novas lideranças emerjam.
Portanto, a decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia tem o potencial de impactar profundamente a política do país, representando um marco na história da nação sul-americana. Resta agora aguardar para ver como o governo e a oposição irão reagir a essa determinação e como isso afetará a dinâmica política boliviana nos próximos anos.