A decisão gerou grande repercussão nos meios políticos, com Trump acusando os democratas de estarem tramando contra ele. Em um comício após a decisão, o ex-presidente afirmou que “o corrupto Joe Biden e os lunáticos da extrema esquerda” estavam desesperados para impedi-lo de concorrer. Além disso, Trump afirmou que estavam violando a Constituição dos EUA para ganhar vantagem nas eleições.
Outros adversários políticos de Trump também criticaram a decisão, como Chris Christy, que acredita que a decisão deveria estar nas mãos dos eleitores. Ele lamentou a possibilidade de Trump ser impedido de concorrer à presidência por uma decisão judicial e não pela vontade dos cidadãos.
Caso a Suprema Corte federal concorde com a decisão do Colorado, isso poderia ter um efeito cascata e inviabilizar a candidatura de Trump. No entanto, esse não é o único caso que deve chegar às mãos dos juízes nos próximos meses.
Trump também recorreu das acusações de interferência nas eleições de 2020 à Corte de Apelações de Washington, alegando imunidade em relação a supostos crimes cometidos durante o mandato. No entanto, a maioria dos especialistas acredita que é pouco provável que Trump saia vitorioso nessa batalha, mesmo com a maioria conservadora.
O professor de direito Stephen Wormier ressaltou a importância do caso, afirmando que o escopo do poder presidencial é uma questão constitucional que transcende o sentimento pessoal em relação a Donald Trump. Segundo ele, a decisão da Suprema Corte não será apenas influenciada por motivos ideológicos, mas sim pelo que vai no cerne do papel do presidente no sistema constitucional dos EUA.
Diante de todos esses desdobramentos, a decisão da Suprema Corte do Colorado se torna um ponto crucial na trajetória política de Donald Trump, podendo afetar diretamente suas chances de concorrer novamente à presidência dos EUA.
