Decisão da Câmara enfraquece Arthur Lira, fortalece STF e embaralha disputa pela sucessão no comando da Casa

Na tarde desta quarta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão, do Rio de Janeiro, sem partido. Essa decisão acabou enfraquecendo o presidente da Casa, Arthur Lira, do PP de Alagoas, e fortalecendo o Supremo Tribunal Federal (STF), indicando um cenário de disputa acirrada pela sucessão do comando da Câmara, prevista para o início de 2025.

Os aliados de Lira articularam a tentativa de derrubar a prisão, argumentando que a decisão do Supremo de manter o acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco preso viola prerrogativas parlamentares e abre um precedente perigoso. No entanto, a maioria dos deputados votou pela manutenção da detenção, demonstrando um enfraquecimento do grupo político do atual presidente da Casa.

A liderança da União Brasil, Elmar Nascimento, foi um dos principais articuladores contra a prisão do deputado Brazão, declarando publicamente sua posição contrária. A decisão da maioria dos deputados de manter a prisão, porém, foi interpretada como um sinal de que o grupo de Lira não possui mais a mesma força política de antes.

Essa votação também expôs as divergências dentro da bancada governista, com o presidente do Avante, Luís Tibé, se ausentando da votação para evitar a revogação da detenção. A pressão dos deputados, entretanto, foi suficiente para garantir a manutenção da decisão do STF.

Apesar das críticas à atuação do Supremo, esta votação demonstrou que a disputa pela sucessão de Lira está mais aberta do que nunca. A posição dos deputados diante desse caso poderá influenciar a corrida pelo comando da Câmara dos Deputados em 2025. Além disso, a votação revelou atritos entre os parlamentares e o governo, que orientou a favor da manutenção da prisão, causando impactos nas articulações políticas em curso.

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