O PT, que teve seu auge nas eleições de 2008 e 2012, elegendo 11 e 10 prefeitos respectivamente, viu sua influência diminuir drasticamente. A crise política envolvendo a Lava Jato e o impeachment de Dilma Rousseff resultaram em apenas uma prefeitura conquistada em 2016, em Franco da Rocha. A derrota do então prefeito Fernando Haddad e a ausência do partido nas cidades do ABC, berço histórico do ex-presidente Lula, foram alguns dos sinais desse declínio. Nas eleições de 2020, o PT conseguiu eleger apenas dois prefeitos, sinalizando uma recuperação tímida.
Já o PSDB, que teve seu ápice em 2004, controlando 15 cidades da região, enfrenta uma derrocada mais recente. Com a crise do PT, os tucanos se consolidaram como a principal alternativa, elegendo 11 prefeitos em 2016 e 2020. No entanto, quase todos os prefeitos eleitos acabaram deixando o partido após as eleições, restando apenas três filiados. O partido que mais cresceu na região desde a última eleição foi o PL, de Jair Bolsonaro, e o PSD, de Gilberto Kassab. O PL passou de 8 para 10 prefeitos, enquanto o PSD conquistou 9 prefeituras.
Em uma tentativa de recuperar o destaque na região, o PT lançou 22 candidaturas nas eleições deste ano, sendo parte de uma coligação liderada pelo PV em quatro cidades. Já o PSDB conta apenas com cinco candidaturas próprias para 2024, um dos piores resultados do partido na região. O PL, por sua vez, lançou 21 candidatos e apoia outros 16, marcando presença em 37 cidades da região.
Diante desse cenário de mudança e de novas forças políticas surgindo, a polarização entre PT e PSDB na Grande São Paulo parece estar enfraquecendo, abrindo espaço para outros partidos e novas lideranças políticas emergirem na região. A dinâmica política local continua a se transformar, refletindo o cenário político nacional em constante evolução.