Durante o evento, a candidata Tabata Amaral exagerou ao afirmar que a gestão de Nunes herdou uma cracolândia e entregará 72 ao fim do mandato. No entanto, um levantamento da própria prefeitura em 2014, na gestão de Fernando Haddad (PT), indicava a existência de 30 pontos de uso de drogas na capital paulista, alguns deles localizados em regiões como o mercado municipal e a Ceagesp. A deputada afirmou que Nunes “foi além”, recebendo uma cracolândia e entregando 72, questionando como isso seria possível.
Já o candidato Pablo Marçal citou uma frase atribuída a Eça de Queiroz, que dizia que políticos e fraldas deveriam ser trocados pelo mesmo motivo. No entanto, não há registros de que o autor tenha realmente proferido essa frase, sendo mais uma das atribuições comuns na internet a escritores renomados.
Datena, por sua vez, exagerou ao mencionar que 120 milhões de pessoas morreram na China durante o regime de Mao Tsé-tung, enquanto estimativas apontam de 20 a 60 milhões de mortos. Além disso, errou ao falar sobre Josef Stalin, atribuindo a ele a morte de 70 milhões de pessoas, quando estima-se em cerca de 20 milhões durante seu regime na União Soviética.
Boulos, em seu questionamento a Nunes, mencionou uma reportagem do UOL que associava o chefe de gabinete da Siurb à família de Marcola, líder do PCC. No entanto, a reportagem destacava que não há indícios de que essa relação tenha impactado a trajetória do servidor público.
Por fim, Nunes afirmou durante o debate que Boulos já foi condenado, mas não há registro de condenação contra o candidato do PSOL. Boulos, por sua vez, já foi investigado e indiciado em inquéritos policiais, mas nenhum deles resultou em condenação.
Portanto, é importante analisar com cuidado as informações apresentadas durante o debate eleitoral, a fim de identificar possíveis exageros, distorções e imprecisões por parte dos candidatos.