As entrevistas que embasaram a pesquisa foram realizadas entre terça (15) e quinta (17), em um período em que diversos moradores da cidade estavam enfrentando os impactos da falta de energia elétrica. Esse tema, aliás, foi explorado pela campanha de Boulos como forma de desgastar a imagem do prefeito e da concessionária de energia Enel.
Houve uma tentativa por parte da equipe de Boulos de aproveitar a insatisfação da população com a prestação de serviços da atual gestão e da empresa de energia para conquistar mais votos. No entanto, apesar do esforço, a rejeição em torno do candidato do PSOL ainda se mantém.
Em meio a esse cenário desafiador, o discurso de Boulos é de esperança e confiança em uma reviravolta nos próximos dias. Internamente, no entanto, os correligionários do PSOL reconhecem que a oscilação negativa de Nunes, que está dentro da margem de erro, é um sinal positivo. O objetivo agora é mirar os eleitores indecisos e também os que optaram por outros candidatos no primeiro turno.
A participação do ex-presidente Lula nos próximos atos de campanha de Boulos é vista como uma estratégia importante para atrair mais votos. Por sua vez, Ricardo Nunes, que recebeu o resultado do Datafolha com humildade, destacou a alta rejeição de Boulos e afirmou que continuará sua mobilização nos dias restantes da campanha.
Em meio a esse contexto, os aliados de Nunes comemoram a manutenção de sua ampla vantagem sobre Boulos, apontando que a postura do prefeito diante da crise elétrica foi célere e eficaz. A estratégia de “prefeitar” adotada pela campanha do MDB tem se mostrado eficaz até o momento, segundo seus integrantes.
Com um cenário cada vez mais acirrado, a reta final da campanha eleitoral para prefeito de São Paulo promete ser intensa, com ambos os candidatos buscando conquistar os votos necessários para a vitória no dia 27 de outubro.