Para viabilizar o nome de Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), é necessário um acordo que conte com o apoio dos independentistas bascos e catalães. Os partidos ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) e Junts aprovaram uma resolução em que condicionam a investidura de Sánchez à definição das condições para a realização de um referendo, uma proposta rejeitada pelos socialistas.
Yolanda Díaz, deputada e liderança do atual governo de Sánchez, pediu a todas as forças políticas que atuem com responsabilidade na formação de um novo governo. Ela ressaltou que está em jogo o futuro das vidas das pessoas e, apesar das novas exigências dos independentistas, expressou confiança de que haverá um governo de coalizão progressista. “Não façamos mais barulho, já há bastante na sociedade espanhola”, disse, antes de rejeitar a investidura de Feijóo.
Por sua vez, o candidato derrotado Feijóo, durante seu discurso em que já admitia a derrota, advertiu Sánchez de que o Partido Popular (PP) não vai se abster caso o rei o nomeie como candidato. Ele afirmou que não devem pedir ao PP o que eles mesmos se recusam a fazer, referindo-se ao fato de que, mesmo após ter sido indicado pelo rei após a vitória do PP nas eleições de julho, ele não foi investido pelo Congresso. Feijóo mencionou que restam apenas duas “saídas não honrosas: um governo de mentiras (Sánchez) ou novas eleições”.
Essa situação política na Espanha mostra a dificuldade de encontrar consenso entre os partidos para a formação de um governo. Os socialistas precisam do apoio dos independentistas bascos e catalães para que Pedro Sánchez seja viabilizado como primeiro-ministro, mas as exigências desses partidos estão em conflito com as propostas dos socialistas. A data-limite se aproxima e a incerteza sobre o futuro político do país aumenta. Resta aguardar para ver se algum acordo será alcançado até o dia 27 de novembro.
