Cúpula de paz no Egito busca evitar guerra entre israelenses e palestinos em conflito regional.

No último sábado (21), o Egito sediou uma cúpula de paz com o intuito de evitar que o conflito entre israelenses e palestinos se transforme em uma guerra regional mais ampla. A reunião contou com a participação de 19 países, incluindo os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, representantes da União Europeia e da própria ONU.

O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que manteve a posição humanitária do país em relação ao conflito. Vieira descreveu os ataques do Hamas como “terroristas” e ressaltou as responsabilidades específicas de Israel em relação aos direitos humanos dos civis envolvidos. Além disso, o chanceler destacou os esforços do Brasil, enquanto presidente do Conselho de Segurança, para buscar uma solução pacífica.

No entanto, a proposta de resolução feita pelo Brasil foi vetada pelos Estados Unidos, que justificaram sua decisão argumentando que o texto não reconhecia o direito de autodefesa de Israel. Washington foi representada na cúpula pelo encarregado de negócios de sua embaixada no Egito, o que diminuiu as expectativas em relação aos resultados do encontro.

A ausência de líderes importantes, como os primeiros-ministros da Alemanha e do Reino Unido, e o presidente da França, reduziu ainda mais as chances de se chegar a um acordo final. Os países europeus têm enfrentado dificuldades em adotar uma posição unificada diante da crise, além de condenar os ataques do Hamas, o que gerou confusão e mensagens mistas.

Durante a cúpula, líderes árabes também condenaram os bombardeios israelenses em Gaza e pediram esforços renovados para alcançar um acordo de paz que encerre o ciclo de violência entre israelenses e palestinos. O rei Abdullah, da Jordânia, denunciou a falta de ação global diante dos ataques de Israel e pediu uma abordagem imparcial. Já o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que os palestinos não serão deslocados ou expulsos de suas terras.

O Egito também expressou preocupações com a segurança em sua fronteira com Gaza, devido à insurgência islâmica que ocorreu na região e foi suprimida nos últimos anos. O país teme um possível movimento em massa de palestinos, assim como ocorreu durante a guerra em 1948. O ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, ressaltou a posição do país, afirmando que a solução para a questão palestina não é o deslocamento, mas sim a justiça e o acesso aos direitos legítimos dos palestinos em um Estado independente.

Apesar das expectativas reduzidas e das diferenças entre os países envolvidos, a cúpula de paz realizada no Egito é importante para manter o diálogo e buscar soluções para o conflito entre israelenses e palestinos. A comunidade internacional continua pressionando por uma resolução pacífica e duradoura, que possa trazer estabilidade e segurança para a região do Oriente Médio.

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