A falta de unanimidade entre os líderes presentes na cúpula em relação a essas questões delicadas reflete a complexidade e sensibilidade das relações internacionais na região da Ásia-Pacífico. A questão da agressão russa à Ucrânia tem gerado tensões entre os membros da APEC, com alguns líderes defendendo uma postura mais dura em relação a Moscou, enquanto outros preferem uma abordagem mais cautelosa, visando manter um diálogo aberto.
Da mesma forma, o conflito entre Israel e o Hamas também divide opiniões entre os líderes da APEC, refletindo as profundas divergências na região em relação ao conflito Israel-Palestina. Alguns líderes defendem a inclusão de uma condenação ao Hamas, enquanto outros argumentam a favor de um posicionamento mais neutro, visando preservar as relações diplomáticas com os países da região.
A falta de consenso em relação a essas questões cruciais demonstra os desafios que os líderes da Ásia-Pacífico enfrentam ao tentar equilibrar interesses geopolíticos e econômicos na região. A APEC, como um fórum de cooperação econômica, busca promover o crescimento e o desenvolvimento sustentável na região, mas as diferenças políticas e ideológicas entre os membros muitas vezes colocam em xeque a capacidade do grupo de produzir declarações unificadas em relação a questões controversas.
Apesar da falta de unanimidade em relação a esses temas sensíveis, a cúpula foi marcada por discussões produtivas e acordos comerciais importantes entre os países membros. A cooperação econômica na região continua sendo uma prioridade para os líderes da APEC, que buscam fortalecer os laços comerciais e promover o desenvolvimento sustentável na Ásia-Pacífico. A próxima cúpula da APEC está agendada para o próximo ano, onde os líderes esperam avançar ainda mais nas discussões sobre cooperação econômica e questões internacionais que impactam a região.