Repórter São Paulo – SP – Brasil

Críticas de Haddad reforçam discurso moderado do governo sobre ajuste fiscal e mercado aguarda anúncio de medidas concretas

O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência, Fernando Haddad, fez declarações contundentes em relação ao déficit fiscal do país durante uma recente entrevista. Segundo Haddad, o Brasil vem produzindo um déficit pesado desde 2014 ou 2015, levantando questões sobre os impactos dessa situação na vida da população.

As declarações de Haddad vêm em meio a um discurso mais moderado adotado pelo governo nas últimas semanas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem evitado críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e tem demonstrado a intenção de promover o ajuste fiscal, mesmo que isso envolva cortes de gastos.

Essa postura mais moderada do governo tem gerado reações positivas nos ativos brasileiros, porém o mercado aguarda ansiosamente por medidas concretas para conduzir as contas públicas para a meta de resultado primário zero neste ano. O governo tem um prazo até o dia 22 de julho para apresentar um relatório com diagnóstico e possíveis cortes para atingir essa meta fiscal.

Durante a entrevista, Haddad também abordou os rumores em relação ao arcabouço fiscal do país e negou ter convencido Lula a baixar a tensão com o Banco Central. No entanto, ele admitiu que o ex-presidente estava insatisfeito com algumas atitudes do BC, afirmando que não era o único nessa situação.

Apesar das críticas anteriores, Haddad elogiou a atual diretoria do Banco Central e afirmou que as questões em relação ao arcabouço fiscal foram superadas. As declarações do ex-candidato à presidência evidenciam as tensões políticas e econômicas que ainda permeiam o cenário brasileiro.

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