Crise política no Peru: um ano após tentativa de golpe, país segue em tensão e violência.

Dezembro de 2022 foi um mês duro para o Peru, um ano depois, a situação no país continua delicada, com um sentimento de revolta e tensão em várias regiões. O país passou por uma tentativa de autogolpe do presidente Pedro Castilho em dezembro do ano passado, o que resultou na dissolução do parlamento e antecipação de eleições. Esse movimento foi motivado por pressões e tentativas de impeachment por parte do Congresso em seu curto período de um ano de governo. A população reagiu, apoiando o presidente e camponeses rumaram à capital Lima, resultando em protestos que duraram meses.

A repressão conduzida pelas forças de segurança foi brutal, resultando em várias mortes e feridos. A vice-presidente de Castilho, Dina Boluarte, assumiu o cargo, porém, não foi aceita pelos apoiadores do ex-presidente, sendo considerada uma “traidora”. Em Huamanga, centenas marcharam em homenagem a dez mortos por forças combinadas entre Exército e polícia local, em uma bonita e triste cerimônia.

O Peru vive uma instabilidade política desde 2018, com a sucessão de presidente interrompidos por renúncias e outros presidentes breves. Essa instabilidade levou os peruanos a cultivarem uma ojeriza em relação à política e culminou na eleição do desconhecido Castillo. A vice-presidente Boluarte tem a difícil missão de levar o país a uma normalidade democrática até as próximas eleições, bem como lidar com questões de direitos humanos.

Os peruanos estão revoltados e tensos diante da situação política atual, e a instabilidade no país é evidente. O legado de conflitos armados e terror influi nas tensões vividas pelos peruanos atualmente. A prisão e julgamento do ex-presidente Castilho e a sucessão de presidentes breves também contribuíram para a desconfiança da população em relação à política. A instabilidade política se reflete na elite e na população, gerando tensões e revolta no país. Conflitos internos e a violação dos direitos humanos são desafios que precisam ser enfrentados pela atual administração.

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