A repressão conduzida pelas forças de segurança foi brutal, resultando em várias mortes e feridos. A vice-presidente de Castilho, Dina Boluarte, assumiu o cargo, porém, não foi aceita pelos apoiadores do ex-presidente, sendo considerada uma “traidora”. Em Huamanga, centenas marcharam em homenagem a dez mortos por forças combinadas entre Exército e polícia local, em uma bonita e triste cerimônia.
O Peru vive uma instabilidade política desde 2018, com a sucessão de presidente interrompidos por renúncias e outros presidentes breves. Essa instabilidade levou os peruanos a cultivarem uma ojeriza em relação à política e culminou na eleição do desconhecido Castillo. A vice-presidente Boluarte tem a difícil missão de levar o país a uma normalidade democrática até as próximas eleições, bem como lidar com questões de direitos humanos.
Os peruanos estão revoltados e tensos diante da situação política atual, e a instabilidade no país é evidente. O legado de conflitos armados e terror influi nas tensões vividas pelos peruanos atualmente. A prisão e julgamento do ex-presidente Castilho e a sucessão de presidentes breves também contribuíram para a desconfiança da população em relação à política. A instabilidade política se reflete na elite e na população, gerando tensões e revolta no país. Conflitos internos e a violação dos direitos humanos são desafios que precisam ser enfrentados pela atual administração.