Milhares de haitianos estão nas ruas, demandando a renúncia de Henry e expressando frustração com a situação política do país. A crise é ainda mais intensificada pela ausência de eleições desde 2016, deixando a presidência vaga e alimentando a instabilidade política.
O dia 7 de fevereiro tem um significado simbólico para o Haiti, pois marca o aniversário do fim da ditadura de Jean-Claude Duvalier em 1986. Esperava-se que as eleições planejadas para essa data ajudassem a restaurar a ordem e a legitimidade do governo haitiano. No entanto, a persistência de Henry em permanecer no poder está gerando tensões crescentes.
Segundo relatos da imprensa local, a população está enfrentando dificuldades significativas, incluindo a falta de comida e a impossibilidade de enviar seus filhos para a escola. Um manifestante desempregado de 40 anos desabafou: “O país está refém dos grupos. Não podemos comer. Não podemos mandar nossos filhos para a escola. Não aguentamos mais”.
Diante desse cenário caótico, a comunidade internacional se mantém atenta para a evolução dos acontecimentos no Haiti. A persistência da crise política e social no país caribenho representa um desafio significativo para a estabilidade da região e levanta preocupações sobre o bem-estar da população haitiana.
A conduta de Ariel Henry, ao desrespeitar o acordo firmado em 2022, se torna objeto de difícil análise. Até que ponto a tomada de posse do atual primeiro-ministro é legítima é questionada pelas ações da população haitiana. A falta de eleições e de liderança efetiva tem colocado em xeque a governabilidade do país, gerando insegurança e instabilidade para a nação haitiana.