A divergência nos resultados eleitorais entre Maduro e o candidato Edmundo González resultou em protestos nas ruas da Venezuela e de várias cidades ao redor do mundo em apoio à oposição. O presidente chileno, Gabriel Boric, já se antecipou e convocou os demais países latino-americanos a definirem cotas para receber venezuelanos, caso a crise se agrave.
A preocupação com a migração venezuelana não é apenas humanitária, mas também econômica e social. Nos últimos anos, milhões de venezuelanos deixaram o país em busca de melhores condições de vida, sobrecarregando os países vizinhos que os acolheram. A Colômbia foi um dos principais destinos, recebendo milhões de venezuelanos em seu território.
A necessidade de integração e assistência humanitária aos migrantes venezuelanos é um desafio para os países receptores, que muitas vezes não estavam preparados para lidar com o fluxo migratório. O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou medidas para facilitar a entrada de venezuelanos em território norte-americano, mas a chegada em massa desses refugiados pode representar um desafio ainda maior para o país.
A transparência nos processos eleitorais na Venezuela também tem sido um ponto de tensão, com diversos países exigindo a divulgação das atas de votação para comprovar a legitimidade do resultado. A divergência de opiniões entre os países da região e a Venezuela demonstra a complexidade da situação, que pode impactar não só o país, mas toda a América Latina. A incerteza em torno do desfecho da crise política na Venezuela gera preocupações e incertezas na região.