De acordo com o colunista, o PL está tentando se mostrar tranquilo diante dos desafios que enfrenta, naturalizando a turbulência que vive internamente. No entanto, para o partido, a situação é uma verdadeira hecatombe, especialmente em um ano de eleições municipais, o que torna o momento ainda mais crítico.
A crise ganha contornos mais complexos devido à proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, de dialogar com o presidente de honra e cabo eleitoral da legenda, Jair Bolsonaro. Essa determinação interfere diretamente em possíveis negociações políticas, como a suposta tentativa de composição da chapa de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, que almejava o apoio de Bolsonaro.
O presidente Bolsonaro indicou um membro da Polícia Militar para compor a chapa de Ricardo Nunes como vice-prefeito. O responsável pela articulação dessa operação era Valdemar Costa Neto, que mediava as conversas entre o prefeito e Bolsonaro. No entanto, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu o diálogo entre eles, acabou por inviabilizar essa possibilidade.
Esses acontecimentos colocam o PL em uma posição delicada e expõem a fragilidade do partido diante dos impasses políticos. A falta de diálogo com figuras de influência como Bolsonaro e as consequências disso para as articulações eleitorais colocam em xeque a capacidade do partido de enfrentar a crise e manter sua relevância no atual contexto político.