Segundo o venezuelano Angelo Chirino, de 22 anos, que chegou à cidade em novembro com sua esposa e o filho de um ano, o prazo de 60 dias estabelecido para encontrar um lugar em um dos mais de 200 centros de acolhimento habilitados é extremamente curto. Ele ressalta que os processos legais para obter uma permissão de trabalho e o Estatuto de Proteção Temporária levam muito mais tempo, o que dificulta a inserção dos imigrantes na sociedade nova-iorquina.
O prefeito democrata de Nova York, Eric Adams, anunciou medidas e multas para limitar a chegada de ônibus com imigrantes na cidade, de forma a tentar conter a sobrecarga causada por essa avalanche migratória. Ele também pede ajuda federal e aceleração dos vistos de trabalho para enfrentar o que chamou de “crise nacional”.
Atualmente, cerca de 70 mil pessoas estão alojadas pela cidade, que, em um caso único no país, é obrigada a fornecer abrigo a quem o solicitar. No entanto, essa situação tem gerado um grande desafio logístico e financeiro para as autoridades locais, que buscam alternativas para lidar com o grande fluxo migratório.
Blanca, centro-americana de 35 anos, é mais um exemplo dos desafios enfrentados por esses imigrantes. Ela teve sua estadia em um hotel na cidade expirada e se vê em uma situação de incerteza quanto ao seu futuro e de sua família.
O crescimento contínuo desse fluxo migratório para Nova York coloca em evidência a necessidade de políticas públicas mais eficazes para lidar com a chegada e integração desses imigrantes na sociedade. A situação requer cooperação entre os órgãos locais, estaduais e federais, a fim de garantir que essas pessoas possam ser recebidas e apoiadas da melhor maneira possível.