Crise humanitária no Haiti: milhões passam fome e ONU pede ajuda internacional para evitar tragédia iminente.

No último relatório internacional divulgado, foi revelado que cerca de cinco milhões de pessoas no Haiti estão enfrentando uma grave crise de insegurança alimentar, o que representa quase metade da população do país caribenho. Dentre essas pessoas, 1,64 milhão estão classificadas no nível 4 (emergência) de uma escala que vai até 5.

A situação se agrava devido à violência das gangues presentes nos departamentos de Artibonite e Oeste, incluindo a capital Porto Príncipe. Essa violência tem dificultado a distribuição de ajuda humanitária e impactado o já precário sistema de saúde, aumentando o risco de desnutrição aguda para mais de 125 mil crianças, de acordo com a Unicef.

Diante desse cenário desolador, a agência da ONU faz um apelo urgente à comunidade internacional para que intervenha no Haiti, buscando restabelecer a ordem e fornecer suporte financeiro necessário para enfrentar a crise humanitária em curso.

O plano de resposta humanitária das Nações Unidas para o país em 2024 requer um financiamento de 674 milhões de dólares, no entanto, até o momento, apenas 7% desse valor foi alcançado. É evidente que há uma grande lacuna entre o que é necessário e o que está sendo disponibilizado para ajudar o povo haitiano.

Além dos desafios relacionados à insegurança alimentar, o Haiti também está lidando com uma profunda crise política e de segurança. Desde que grupos criminosos se uniram para atacar locais estratégicos em Porto Príncipe, a instabilidade política se intensificou, resultando na renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry em março.

O cenário atual no Haiti é de caos e incerteza, com a formação de um conselho de transição adiada devido a divergências políticas. A comunidade internacional precisa agir de forma rápida e decisiva para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior nesse país caribenho que tanto sofre.

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