Enquanto recebia os que prestavam homenagens a Zagallo e evitava falar sobre o próximo treinador da seleção brasileira, indicando que seria Dorival Júnior, Rodrigues sorria ao lado de Reinaldo Carneiro Bastos, um de seus vice-presidentes. No entanto, a situação foi descrita como “uma briga de facas no escuro”, retratando a complexidade da situação interna da CBF.
O presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos, é apontado como favorito para assumir a presidência da CBF em caso de novas eleições, ampliando ainda mais a tensão entre os dirigentes da entidade. No velório de Zagallo, apenas Bastos e Rubens Lopes, presidente da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), estiveram presentes, demonstrando um certo isolamento de Ednaldo Rodrigues em relação aos seus vice-presidentes.
Apesar de sua recondução à presidência, a situação de Rodrigues permanece incerta, já que a assembleia geral da CBF pode destituí-lo. Além disso, decisões rápidas tomadas por ele, como a demissão do técnico Fernando Diniz e a tentativa de contratação de Dorival Júnior, geraram controvérsias e intensificaram as tensões nos bastidores da entidade.
A interferência de terceiros na CBF também é uma preocupação, com representantes da Fifa e da Conmebol chegando para investigar a situação. As regulamentações dessas instituições proíbem intervenções estatais em associações nacionais de futebol, como a CBF, levantando ainda mais questionamentos sobre a estabilidade e transparência na gestão da entidade.
Dessa forma, o velório de Zagallo não apenas serviu para homenagear o tetracampeão mundial, mas também expôs as complexidades políticas e as tensões nos bastidores da CBF, sinalizando um cenário de incertezas e disputas de poder que podem impactar diretamente no futuro da seleção brasileira.