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Crescimento real do PIB pode ser subestimado devido à superestimação da inflação, apontam especialistas econômicos

Na última semana, a notícia que ganhou destaque foi o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, que superou as expectativas. Desde o ano de 2021, as previsões para o crescimento do PIB têm errado para baixo, o que tem chamado a atenção de jornalistas e analistas econômicos.

Essa questão levanta a discussão sobre a diferença entre o PIB esperado e o PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Será que o crescimento do PIB divulgado é realmente uma medida precisa do crescimento real da economia do país?

É possível que o crescimento do PIB divulgado seja, na verdade, inferior ao real devido a um fator muitas vezes negligenciado: a inflação. A inflação, medida pelos índices disponíveis, é provavelmente superestimada, o que acaba subestimando o verdadeiro crescimento econômico.

Os índices de inflação coletam preços de diversos produtos e serviços para calcular a evolução dos preços ao longo do tempo. No entanto, esses índices não conseguem captar adequadamente os impactos das mudanças de qualidade e a introdução de novos produtos no mercado.

Por exemplo, a introdução de novos produtos e a melhoria da qualidade dos produtos existentes não são consideradas nos cálculos da inflação, levando a uma subestimação do crescimento real do PIB. Além disso, a forma como as empresas precificam seus produtos, muitas vezes levando em consideração o acesso aos dados dos consumidores, também não é totalmente refletida nos índices de inflação e no cálculo do PIB.

Apesar dos esforços dos institutos em medir a inflação e o PIB de forma eficiente, é importante destacar que essas medidas não são perfeitas e não consideram todos os aspectos que a teoria econômica prescreveria. Mesmo assim, o PIB continua sendo um indicador importante para medir a atividade econômica de um país, mesmo que não reflita completamente o bem-estar e a qualidade de vida da população.

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