Cremesp aciona a Justiça para proibir venda de substâncias à base de fenol a não médicos, após morte em clínica de São Paulo.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) tomou uma decisão importante essa semana ao acionar a Justiça para solicitar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interrompa a venda de substâncias à base de fenol para indivíduos que não sejam médicos. Este pedido de concessão antecipada de tutela foi feito na última sexta-feira (21) e levanta questões cruciais sobre a segurança dos procedimentos estéticos realizados por profissionais sem formação adequada.

O Cremesp destacou em seu pedido que a exceção deveria ser apenas para dentistas com especialização em harmonização orofacial, que também possuem o direito de aplicar o produto. No entanto, o Conselho ressaltou a importância de restringir a venda do fenol apenas para indivíduos com formação universitária na área da saúde, destacando um caso trágico que resultou na morte de Henrique Silva Chagas, de apenas 27 anos, após ser submetido a um procedimento de peeling de fenol em uma clínica por uma profissional sem a devida formação na área de saúde em São Paulo.

A preocupação do Cremesp é compreensível diante de casos como o de Henrique, que evidenciam a falta de regulamentação e fiscalização na área de procedimentos estéticos. A segurança e a competência dos profissionais que realizam esses procedimentos devem ser prioridades, a fim de evitar tragédias como essa no futuro.

É fundamental que a Anvisa analise com cuidado o pedido do Cremesp e tome medidas para garantir que substâncias como o fenol sejam utilizadas apenas por profissionais qualificados e capacitados. A segurança e a saúde dos pacientes devem sempre vir em primeiro lugar, e é papel dos órgãos reguladores e das entidades responsáveis zelar por esses princípios.

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