No coração do deserto do Karakum, no Turcomenistão, encontra-se a famosa Cratera de Darvaza, mais conhecida como “Portão do Inferno”. Este impressionante fenômeno natural tem intrigado cientistas e atraído a atenção de turistas de todo o mundo por décadas.
Segundo relatos, a cratera foi incendiada intencionalmente por cientistas soviéticos para evitar a liberação de gases tóxicos, incluindo metano, que poderiam se espalhar para as vilas próximas. A ideia era que as chamas se apagassem naturalmente em algumas semanas, mas o fogo nunca cessou, transformando o local em uma atração turística única.
A origem exata da Cratera de Darvaza ainda é motivo de controvérsia. Enquanto a teoria mais aceita é que ela foi criada em 1971, há relatos que indicam que a formação pode ter ocorrido na década de 1960, com as chamas sendo acesas apenas nos anos 1980. A falta de registros soviéticos confiáveis sobre o incidente contribui para o mistério que envolve o local.
Visível a quilômetros de distância, o brilho das chamas da cratera destaca-se no meio do deserto, tornando-se uma visão impressionante para os visitantes. A cratera de Darvaza atrai cerca de 10 mil turistas anualmente e se tornou um dos principais pontos turísticos do Turcomenistão, simbolizando a riqueza natural e a singularidade do país.
No entanto, as autoridades locais estão considerando extinguir as chamas e selar a cratera. Em 2022, o presidente do Turcomenistão solicitou aos cientistas que desenvolvessem uma solução para apagar o fogo, preocupado com os potenciais danos ambientais e riscos à saúde da população local, além da perda contínua de metano, um recurso natural importante.
Assim, a Cratera de Darvaza continua a ser um enigma fascinante, misturando história, ciência e turismo em um dos cenários mais impressionantes do mundo.
