CPI to shield Bolsonarist generals with a protective shield.

Na CPI do 8 de Janeiro, os generais do exército bolsonarista, Paulo Sérgio Nogueira e Lourena Cid, estão sendo blindados por uma estratégia que visa protegê-los de qualquer responsabilidade em escândalos recentes. Essa blindagem é resultado de um trabalho conjunto entre o deputado Arthur Maia, presidente da CPI, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva.

Paulo Sérgio Nogueira, que ocupava o cargo de chefe do Ministério da Defesa quando ocorreram os episódios envolvendo o hacker Walter Delgatti, foi enviado por Bolsonaro à pasta no ano passado para instruir militares sobre questionamentos às urnas e ao sistema eleitoral. Essa ação levanta suspeitas sobre sua possível participação em esquemas ilegais.

Já Lourena Cid, segundo a investigação em curso, cedeu sua conta bancária para que Mauro Cid, filho do tenente-coronel faz-tudo de Bolsonaro, ocultasse dinheiro obtido com a venda ilegal de joias da União. Essa ligação direta entre um general e possíveis atividades criminosas é extremamente preocupante e deve ser investigada com rigor.

No entanto, surpreendentemente, os requerimentos que pediam a convocação dos generais foram retirados da pauta da CPI pelo próprio presidente da comissão, Arthur Maia, após se encontrar com o comandante do Exército. Essa atitude levanta questionamentos sobre a independência e imparcialidade da CPI, uma vez que parece haver uma influência externa sobre suas decisões.

Além disso, o ministro da Defesa, José Múcio, foi informado de que a Polícia Federal não fornecerá os nomes dos militares envolvidos com Walter Delgatti, pois a investigação está sob sigilo. Essa falta de transparência evidencia que a Defesa, sob o comando do general Paulo Sérgio, não só carece de integridade constitucional, como também de transparência em suas ações.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que a sociedade exija a responsabilização dos generais envolvidos nessas situações escusas. É imprescindível que a CPI mantenha sua independência e investigue a fundo esses casos, garantindo que a justiça seja feita e que não haja impunidade para os responsáveis.

Não podemos aceitar que a instituição militar seja manchada por casos de corrupção e ilegalidades. É necessário que sejam tomadas medidas severas para garantir a integridade e a transparência da Defesa, fortalecendo assim as instituições democráticas e a confiança da população.

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