Segundo a CIJ, a fome e a inanição estão se espalhando em Gaza e a situação está se tornando cada vez mais crítica. A ação da África do Sul, que acusou Israel de genocídio na Faixa de Gaza, foi fundamental para a decisão da corte em Haia. O processo movido pela África do Sul, com o apoio do Brasil, pede que Israel adote todas as medidas necessárias para evitar o genocídio dos palestinos em Gaza.
Além disso, o alto comissário para direitos humanos da ONU, Volker Turk, alertou que as restrições impostas por Israel à ajuda humanitária em Gaza podem configurar um crime de guerra. Um relatório apoiado pela ONU apresentou evidências de que a situação humanitária em Gaza está se transformando em uma crise de fome induzida pelo homem, aumentando a pressão sobre Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária na região.
Enquanto isso, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. Apesar da resolução ser vinculante, Israel sinalizou que não pretende obedecer à determinação do Conselho de Segurança. A ação dos EUA de se abster na votação representa uma mudança na postura adotada até então, o que pode gerar tensões na relação entre os governos de Israel e dos Estados Unidos.
Com a escalada da tensão, o Exército de Israel mantém uma operação no hospital Al-Shifa, alegando a presença de combatentes do Hamas no local, o que é negado pela equipe de saúde e pelo grupo terrorista. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que a falta de alimentos, água e cuidados médicos devido ao ataque israelense tem resultado na morte de pacientes e feridos no hospital.
A situação em Gaza é cada vez mais preocupante e as decisões internacionais buscam garantir a proteção dos civis e a entrada de ajuda humanitária na região. A pressão sobre Israel tem aumentado e a comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos desse conflito.
