A ex-presidente foi presa em março deste ano sob a acusação de liderar um golpe de Estado contra Morales em novembro de 2019. No entanto, seus advogados têm contestado as acusações, argumentando que ela assumiu a presidência de acordo com a Constituição boliviana, após a renúncia de Morales.
O tribunal decidiu acatar o pedido da defesa e não dar continuidade ao processo de julgamento de Áñez. A decisão foi recebida com reações mistas no país, com alguns acreditando que a ex-presidente deveria ser responsabilizada por suas ações e outros apoiando a decisão do tribunal.
Esta decisão levantou questões sobre o sistema judicial boliviano e sua independência, com críticos apontando para possíveis influências políticas na decisão do corte. No entanto, os defensores da decisão argumentam que foi baseada na falta de provas concretas contra Áñez.
A controvérsia em torno do caso continua a dividir a opinião pública boliviana, com alguns pedindo justiça e outros defendendo a ex-presidente. O futuro de Áñez permanece incerto, já que seu mandato como presidente interina foi marcado por turbulências políticas e sociais.
Enquanto isso, o governo boliviano continua a enfrentar desafios significativos, incluindo a polarização política e social e a gestão da crise de saúde causada pela pandemia de COVID-19. A decisão da corte em relação a Áñez é apenas mais um capítulo em uma história complexa e em constante evolução na política boliviana.