Repórter São Paulo – SP – Brasil

Corrida para alargar praias no litoral brasileiro enfrenta desafios ambientais e de alto custo, aponta levantamento

Cidades litorâneas do Brasil têm enfrentado um desafio: a erosão costeira, que atinge cerca de 60% do país. Em resposta a essa situação, essas cidades têm se envolvido em uma verdadeira corrida para alargar suas praias. De acordo com um levantamento da Folha, nos últimos seis anos, as intervenções realizadas ou projetadas para os próximos anos utilizaram uma quantidade de areia equivalente ao volume de 12 estádios do Maracanã.

Essas intervenções de grande porte, identificadas pela Folha, visam conter a erosão e ampliar as faixas de areia das praias. Além do alargamento, outras estratégias também estão sendo adotadas, como a construção de espigões de blocos de concreto ou pedras. No entanto, a eficácia e o custo dessas obras têm gerado debates.

O alargamento das praias é apoiado por alguns oceanógrafos como uma forma de mitigar o problema da erosão costeira. No entanto, críticos apontam o alto custo das obras, que pode chegar a dezenas de milhões de reais, a necessidade de manutenção e os riscos urbanísticos e ambientais associados a esses projetos, especialmente em meio à crise climática que o mundo enfrenta.

Para discutir a situação, o Café da Manhã desta quinta-feira (4) entrevistou o oceanógrafo Ricardo Haponiuk, coordenador da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente. Ele detalhou as estratégias que têm sido utilizadas para conter a erosão na costa brasileira e analisou os efeitos dos projetos em curso no país.

O Café da Manhã, um programa de áudio publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha, é uma iniciativa especializada em música, podcast e vídeo. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe, e edição de som realizada por Thomé Granemann. O programa é disponibilizado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia.

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