O levantamento revelou que quase metade dos eleitores paulistanos (45%) declararam ter “medo” de uma possível vitória de Boulos. Além disso, Nunes também enfrentou ataques de seus adversários, que o vincularam a casos de corrupção e agressão doméstica. Marçal chegou a apelidá-lo de “bananinha”. No entanto, apenas um terço do eleitorado (32%) demonstra receio com relação à reeleição do atual prefeito.
A estratégia de desconstrução de imagem de Boulos envolveu um processo de infantilização da retórica política, comparável a cantigas de ninar utilizadas para incutir medo em crianças. A criação de um medo irracional de uma suposta invasão comunista, que poderia resultar em assombrações invadindo residências, foi explorada com o intuito de conquistar eleitores que temem mudanças bruscas.
Esses dados refletem não apenas a polarização política que tem marcado as eleições municipais em São Paulo, mas também apontam para a eficácia das estratégias de desconstrução de imagem utilizadas pelos candidatos. O medo e a incerteza acabam se tornando ferramentas poderosas durante o período eleitoral, moldando a percepção do eleitorado e influenciando suas decisões nas urnas. A campanha para o segundo turno promete intensificar ainda mais essas dinâmicas, mostrando que a retórica política continua desempenhando um papel crucial no cenário eleitoral brasileiro.