Durante uma homenagem recebida na Câmara Legislativa distrital em maio, Cappelli expressou sua gratidão ao coronel Klepter ao dizer: “Sem o seu apoio, eu não estaria aqui hoje. Na noite do dia 8, quando recebi a missão, houve um homem que permaneceu ao meu lado desde o momento em que entrei e não me abandonou. Com uma postura exemplar, ele me apoiou integralmente”.
Vale ressaltar que Klepter também ofereceu ao secretário-executivo a medalha Tiradentes, a maior comenda da Polícia Militar do Distrito Federal, no mesmo mês. Na época, ele ocupava o cargo de sub-comandante da PMDF, sendo promovido interinamente a comandante em 10 de janeiro e efetivado na função em 15 de janeiro.
Foi o coronel Klepter quem concedeu uma licença ao coronel Jorge Eduardo Naime, chefe do Departamento de Operações (DOP) do PMDF, para que ele pudesse tirar férias em 8 de janeiro. Segundo Klepter, Naime já havia participado de diversas missões e estava relatando exaustão há vários dias.
Klepter ainda afirmou que a decisão de deixar a tropa de sobreaviso, em vez de prontidão, partiu do próprio DOP, que ficou sob o comando interino do coronel Paulo José Ferreira.
A Procuradoria-Geral da República, autora da denúncia que resultou na ação da Polícia Federal nesta sexta-feira, alega que Klepter, enquanto comandante-geral da PMDF, “retardou o fornecimento de documentos solicitados pelo Supremo Tribunal Federal, com o claro objetivo de prejudicar e atrasar as investigações”.
Até o momento, o Ministério da Justiça não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, ressaltamos que o espaço está disponível para manifestações do Ministério.