Segundo a oposição venezuelana, o candidato González teria vencido as eleições com uma diferença de 4 milhões de votos em relação a Maduro, conforme uma contagem paralela realizada manualmente. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral declarou a vitória de Maduro com 52% dos votos, gerando questionamentos e suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral.
A crise política na Venezuela se agravou após as eleições de 28 de julho, com manifestantes contestando o resultado e denunciando a falta de transparência nas atas de votação. O Conselho Nacional Eleitoral, composto por aliados de Maduro, tem sido alvo de críticas por parte da oposição, que acusa o órgão de favorecer o ditador e de manipular os resultados.
Os protestos nas ruas foram reprimidos com violência pelas forças de segurança, resultando em dezenas de mortes, de acordo com informações da ONG Provea. O Conselho Nacional Eleitoral se pronunciou afirmando que o resultado é “inapelável”, o que intensificou as tensões no país e a mobilização da população contra o governo.
Diante desse cenário de instabilidade e contestação política, a Venezuela enfrenta um momento crítico em que a legitimidade do governo de Maduro é questionada, alimentando ainda mais a crise que assola o país. A pressão da comunidade internacional e a mobilização popular se mostram fundamentais para o desfecho dessa disputa eleitoral e para a busca por uma solução pacífica para a crise venezuelana.