Coreia do Norte inscreve seu status nuclear na constituição, anuncia imprensa estatal

No novo movimento da Coreia do Norte para consolidar e afirmar seu status como uma potência nuclear, o país inscreveu oficialmente essa conquista em sua constituição, de acordo com a imprensa estatal. A medida foi tomada em meio às contínuas tensões e negociações fracassadas com os Estados Unidos e outros países sobre as atividades nucleares do regime norte-coreano.

Segundo relatos da imprensa estatal, a alteração constitucional foi aprovada por unanimidade durante uma sessão da Assembleia Popular Suprema – o parlamento do país – onde os legados norte-coreanos votaram a favor de incluir a posse de armas nucleares na lei máxima do país.

Essa mudança constitucional não é apenas uma demonstração de soberania e poder para a Coreia do Norte, mas também representa uma tentativa de obter reconhecimento internacional e ser considerada uma potência nuclear legítima, igual a outras nações que possuem armas nucleares.

Líder supremo do país, Kim Jong-un, afirmou que a Coreia do Norte está “totalmente capacitada” com um “poderoso dissuasor nuclear” que é capaz de enfrentar qualquer ameaça ou provocação do exterior. Essa declaração vem em um momento em que a comunidade internacional tem mostrado crescente preocupação com o avanço do programa nuclear norte-coreano.

A Coreia do Norte tem sido alvo de sanções internacionais severas devido às suas atividades nucleares e balísticas, que violam várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Diante disso, o país parece estar buscando uma estratégia para fortalecer sua posição e reafirmar seu poderio nuclear, a fim de obter algum alívio dessas sanções e estabelecer relações diplomáticas mais favoráveis com outras nações.

No entanto, a inscrição do status de potência nuclear na constituição é uma medida polêmica e aumenta ainda mais as preocupações com a estabilidade e a segurança na região. Isso levanta questionamentos sobre a resposta dos Estados Unidos e de outros países, que podem considerar essa ação como uma ameaça direta à segurança internacional.

Embora a Coreia do Norte tenha declarado várias vezes que seu programa nuclear tem o objetivo de autodefesa e de dissuasão contra ameaças externas, muitos países consideram que as atividades nucleares do regime representam uma ameaça significativa à paz regional e global.

Nesse contexto, a inclusão do status de potência nuclear na constituição norte-coreana marca mais um capítulo na saga das tensões entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional. Resta saber qual será a resposta dos Estados Unidos e dos demais atores envolvidos nesse complexo xadrez geopolítico. O desafio de encontrar uma solução pacífica e estável para essa situação cada vez mais preocupante continua presente.

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