Coreia do Norte anuncia restauração das medidas militares interrompidas por acordo com a Coreia do Sul, aumentando a tensão na fronteira.

Em um anúncio feito nesta quarta-feira (22), a Coreia do Norte informou que irá restaurar todas as medidas militares interrompidas por um acordo feito em 2018 com a Coreia do Sul. Esse acordo, que visava diminuir a tensão ao longo da fronteira entre os dois países, teve parte suspensa pela Coreia do Sul um dia antes do anúncio norte-coreano, após o lançamento de um satélite espião pela Coreia do Norte.

De acordo com o comunicado de Pyongyang, o Exército norte-coreano não estará mais vinculado ao Acordo Militar Norte-Sul de 19 de setembro e promete fortalecer suas Forças Armadas em todas as esferas. O governo norte-coreano também acusou a Coreia do Sul de abandonar o acordo e afirmou que o país será responsabilizado integralmente caso ocorra um confronto irreversível entre as duas nações.

Além disso, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico em direção ao mar a leste da península coreana, na noite desta quarta-feira (22) no horário local. O Exército da Coreia do Sul declarou que o lançamento parece ter falhado. Essas ações recentes da Coreia do Norte têm gerado condenação internacional por violar resoluções das Nações Unidas.

Os Estados Unidos se manifestaram sobre a situação, apoiando a decisão da Coreia do Sul de suspender parte do acordo militar e destacando que isso restaurará as atividades de vigilância e reconhecimento do país sul-coreano na fronteira com a Coreia do Norte.

A suspensão do pacto militar Norte-Sul, assinado em 2018, foi feita após uma cúpula entre Kim Jong-un e o então presidente sul-coreano Moon Jae-in. Críticos argumentam que o acordo enfraqueceu a capacidade de Seul de monitorar a Coreia do Norte, que, por sua vez, teria violado o acordo.

Adicionalmente, o lançamento do satélite norte-coreano tem causado preocupação devido a uma possível cooperação técnica com a Rússia. Autoridades sul-coreanas alegam que o lançamento norte-coreano provavelmente teve auxílio técnico russo, em meio a uma parceria crescente entre os dois países. No entanto, Rússia e Coreia do Norte negaram acordos de armas à época da visita de Kim à Rússia.

Esses recentes acontecimentos evidenciam a intensificação das tensões na península coreana e a complexidade das relações diplomáticas na região. A comunidade internacional segue atenta às próximas movimentações e possíveis desdobramentos desse cenário delicado.

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