COP16: ONGs unem esforços para troca de dívidas por proteção ambiental em países de baixa renda, desbloqueando financiamento para o clima.

Dívidas limitam esforços de proteção à natureza em países de baixa renda

Uma nova estratégia para auxiliar na proteção ambiental está sendo discutida durante a cúpula da biodiversidade COP16 das Nações Unidas, realizada em Cali, na Colômbia. De acordo com informações divulgadas durante o evento, cerca de 60% dos países de baixa renda enfrentam dificuldades em seus esforços de proteção à natureza por conta de dívidas pendentes.

A proposta apresentada busca desbloquear até 100 bilhões de dólares em financiamento para o clima e a natureza ao permitir conversões de dívida soberana em compromissos de conservação. Jennifer Morris, CEO da The Nature Conservancy, explicou que o objetivo é trabalhar com governos que assumiram compromissos claros para a iniciativa 30-por-30 e também têm dívidas que precisam ser convertidas.

A COP16 marca a 16ª reunião das partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU e está abordando a implementação das 23 metas delineadas no acordo Kunming-Montreal de 2022. Uma das metas principais é a reserva de 30% do território terrestre e marinho de cada país para conservação até 2030, conhecida como 30-por-30.

As trocas de dívida por natureza têm atraído crescente interesse nos últimos anos, com casos de sucesso registrados em locais como Belize e Ilhas Galápagos. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, tem defendido o perdão da dívida para países em desenvolvimento em troca de ações de proteção ambiental, tornando a luta contra a mudança climática e a preservação da natureza uma prioridade de seu governo.

A iniciativa tem o potencial de contribuir significativamente para a proteção dos ecossistemas vitais e para o combate às mudanças climáticas, representando uma oportunidade única de tornar a conservação ambiental uma prioridade global.

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