Essa decisão, se confirmada, significa que a escolha do rumo do partido na eleição municipal será tomada pela executiva da sigla, liderada na cidade pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite. Essa definição deve ocorrer até 15 de agosto, prazo final para o registro das candidaturas.
Na véspera da convenção, Milton Leite se reuniu com o atual prefeito, Ricardo Nunes, e apesar de declarar que a relação melhorou, evitou garantir apoio ao emedebista. Já o deputado Alexandre Leite, presidente do diretório estadual do União Brasil, reafirmou no sábado que o partido caminha para apoiar Nunes, dependendo do compromisso sobre cargos no futuro governo.
O União Brasil é detentor da terceira maior fatia do fundo eleitoral e tempo de propaganda na TV, ficando atrás apenas de PL e PT. Inicialmente, havia uma tensão entre Leite e Nunes, com o vereador ameaçando desembarcar da coligação que apoia a reeleição do prefeito, composta por 10 legendas.
Durante a convenção, houve a pressão para lançar Milton Leite como candidato à prefeitura e o clima de indefinição permaneceu. A possibilidade de apoio a Pablo Marçal (PRTB) foi mencionada, mas a chance de lançar o deputado federal Kim Kataguiri foi considerada remota.
A relação entre Milton e o prefeito ficou abalada, com pedidos não atendidos e desacordos. Além disso, o fato de Leite ter sido preterido na escolha do vice, que ficou com Ricardo Mello Araújo (PL), contribuiu para o distanciamento. Nunes afirmou que não sabia o que motivou as reclamações de Leite e ressaltou a importância de contar com o apoio do partido.
As convenções partidárias continuarão a ocorrer até 5 de agosto, sendo momentos cruciais para a definição de candidatos e coligações nas eleições municipais. Em meio a todas essas questões, o União Brasil busca encontrar o melhor caminho para participar do pleito eleitoral e garantir sua representatividade na política local.