Em entrevista à AFP, Ali Ibrahim expressou o sentimento de muitos residentes locais, afirmando: “O que posso te dizer é que a população está furiosa com Joe Biden e Kamala Harris. Eles não são bem-vindos aqui”. Para ele e outros moradores, os políticos em destaque na convenção não têm o seu apoio.
A residente Souzan Naser, que nasceu nos territórios palestinos e cresceu no subúrbio de Chicago, compartilhou sua experiência: “Alguns membros de nossa comunidade trabalharam duro para eleger Joe Biden em 2020, e agora se sentem traídos”. Ela ressaltou que, de alguma forma, todos na comunidade têm alguma ligação com o conflito em Gaza.
A professora e membro da associação pró-palestina USPCN mencionou um caso comovente de uma aluna que perdeu 35 membros de sua família durante a guerra. Esses relatos trágicos refletem a devastação que o conflito causou na região, com mais de 40.000 mortos na Faixa de Gaza, a maioria deles civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino.
O ressentimento e a revolta dos moradores da “Pequena Palestina” revelam a profunda dor e frustração que ainda persistem após o conflito, e isso certamente influenciará as opiniões e decisões políticas da comunidade local. É um lembrete poderoso de que as cicatrizes do conflito em Gaza estão longe de desaparecer, e a busca por justiça e paz continua a ser uma prioridade para muitos.