Repórter São Paulo – SP – Brasil

Conteúdo perturbador circula nas redes sociais sem filtro de moderação, gerando debate sobre responsabilidade das plataformas digitais.

Recentemente, vídeos chocantes e perturbadores têm circulado pelas redes sociais, despertando a atenção e preocupação de muitos usuários. Em um dos vídeos, um homem é flagrado escalando um prédio e, em um momento de desequilíbrio, acaba caindo e batendo a cabeça no chão, falecendo em seguida enquanto agentes de segurança observam a cena sem intervir. Em outro vídeo, um homem é visto praticando atos obscenos com um cachorro, gerando repugnância e indignação na sociedade.

Esses casos relembram os primórdios da internet, onde imagens de acidentes e tragédias circulavam sem restrições, antes da implementação de políticas de moderação de conteúdo. O acesso a esses vídeos era mais restrito e se limitava a fóruns específicos, ao contrário do cenário atual, onde basta um clique para visualizar conteúdos perturbadores.

Segundo Pablo Ortellado, coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo, a postura “libertária” adotada por Elon Musk em relação à moderação de conteúdo no X/Twitter não é surpreendente. Musk, conforme reportagem do The New York Times, interferiu na moderação de conteúdos no Brasil durante as eleições de 2022, favorecendo publicações que propagavam informações falsas sobre fraude eleitoral.

Além disso, as redes sociais têm sido utilizadas para compartilhar imagens sensíveis e violar a privacidade de vítimas e suas famílias. Um exemplo disso foi a divulgação de fotos dos corpos de uma família assassinada por um adolescente em São Paulo, fato que deveria ser investigado pelas autoridades competentes, não exposto de forma indiscriminada nas redes sociais.

Diante desse cenário, é crucial que as plataformas digitais reforcem suas políticas de moderação de conteúdo e atuem com responsabilidade diante de situações que envolvam violações graves e perturbadoras. A disseminação de conteúdos impróprios pode causar danos irreparáveis e desencadear consequências devastadoras para as vítimas e suas famílias. A conscientização e o respeito pela privacidade e integridade das pessoas devem ser prioridades no ambiente digital.

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