Repórter São Paulo – SP – Brasil

Conta de luz terá aumento em julho com acionamento da bandeira amarela pela primeira vez em 26 meses, segundo a Aneel.

A partir do mês de julho, a conta de luz dos brasileiros sofrerá um aumento devido à adoção da bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica. Essa decisão foi anunciada pelo governo e marca a primeira vez desde abril de 2022 que a bandeira amarela é acionada, resultando em uma cobrança adicional no valor da energia consumida, impactando diretamente o bolso de famílias e empresas.

O comunicado oficial foi divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira, 28 de junho. Nos últimos 26 meses, a bandeira permaneceu na cor verde, indicando condições favoráveis e sem a necessidade de acréscimo na conta de luz. No entanto, o cenário atual, marcado pela previsão de chuvas abaixo da média e o aumento da demanda energética, motivou a mudança para a bandeira amarela.

Com a bandeira amarela em vigor, o acréscimo na tarifa será de R$ 1,88 a cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos. Esse aumento afetará diretamente o consumidor, especialmente em um cenário de escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica para o período de inverno.

A justificativa da Aneel para a adoção da bandeira amarela está relacionada ao risco hidrológico e ao aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), fatores que demandam uma maior operação das termelétricas, cujo custo é mais alto do que o das hidrelétricas. Além disso, o sistema de bandeiras incentiva o consumidor a economizar energia, contribuindo para a redução dos custos de operação do sistema elétrico como um todo.

Para amenizar o impacto da alteração na bandeira, a Aneel aprovou uma redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Mesmo com essa redução, é importante que os consumidores fiquem atentos ao uso consciente de energia para evitar surpresas desagradáveis na conta de luz. Afinal, a economia de energia é uma responsabilidade compartilhada que beneficia tanto os consumidores quanto o setor elétrico como um todo.

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