Recentemente, a PF identificou que o CPF do ministro Alexandre de Moraes foi consultado diversas vezes no sistema, entre janeiro e março deste ano, por servidores públicos lotados em quatro estados diferentes: São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Alagoas. Além disso, houve uma consulta realizada por um servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, que abrange os estados do Acre e Rondônia.
Essas consultas levantam questões sobre a segurança e a privacidade das informações contidas no Infoseg. Mesmo após autorizar operações para desmantelar grupos que agiam de forma ilegal, como o que operava a “Abin paralela”, Moraes continua sendo alvo de buscas no sistema por servidores de diferentes regiões do país.
A lista de usuários que acessaram o sistema de maneira irregular inclui membros de tribunais do trabalho, policiais rodoviários federais, guardas municipais, policiais militares, agentes da Polícia Civil, peritos criminais, membros do Ministério Público e até um juiz. A gravidade desses acessos indevidos levou a PF a instaurar um inquérito para investigar possíveis casos de obstrução de justiça, organização criminosa e incitação ao crime.
O UOL teve acesso aos documentos dessa investigação e ao inquérito aberto pela PF. Essas revelações levantam preocupações sobre a segurança dos dados pessoais dos cidadãos e a necessidade de maior controle e fiscalização no acesso ao Infoseg. É essencial garantir que essas informações sensíveis sejam protegidas e utilizadas de forma ética e legal pelos agentes públicos autorizados a consultá-las.