Durante uma entrevista à imprensa, foi exibido um compilado de imagens com duração de 40 minutos. Essas imagens foram captadas por câmeras corporais dos terroristas, dispositivos de segurança e até mesmo câmeras de celulares de vítimas e equipes de resgate. Infelizmente, os jornalistas presentes não foram autorizados a gravar, mas o consulado disponibilizou posteriormente dois recortes das imagens, com duração de dois e dez minutos.
No vídeo de dez minutos, é possível ver homens armados com fuzis, alguns usando faixas verdes com dizeres árabes na cabeça, que remetem à bandeira do Hamas. Esses homens atiram em pessoas que aparentemente são civis, inclusive após elas caírem no chão. Outras partes do vídeo revelam homens atirando indiscriminadamente em direção a residências e invadindo-as. É doloroso testemunhar as manchas e poças de sangue evidentes no chão, móveis e paredes. Em uma das sequências, até mesmo um cachorro baleado e morto é mostrado. Além disso, o vídeo apresenta casas queimadas e carros carbonizados com corpos dentro.
É importante destacar que algumas das cenas presentes no vídeo já foram divulgadas anteriormente pela imprensa, que descreveu as cenas e localizou as áreas exibidas como kibutzim próximos da Faixa de Gaza. Por exemplo, uma das imagens previamente divulgadas mostrava homens atirando em pessoas dentro de um carro para entrar por um portão em um kibutz.
Outro corte de dois minutos contém imagens ainda mais explícitas. Uma delas, que já havia sido exibida pelo embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, durante a Assembleia-Geral da organização, mostra um homem deitado sendo golpeado no pescoço com uma enxada. Além disso, o vídeo apresenta imagens de pessoas gravemente feridas e de corpos carbonizados. Há ainda uma parte em que um integrante do Hamas atira em corpos aparentemente mortos de civis dentro de um kibutz e celebra o ataque.
Os terríveis atentados do Hamas a locais próximos à fronteira de Israel com a Faixa de Gaza no dia 7 de outubro resultaram na morte de mais de 1.400 pessoas. Em resposta, Tel Aviv declarou guerra e iniciou uma campanha incessante de bombardeios. Na última semana, Israel começou a travar combates terrestres pontuais e a expectativa por uma invasão de larga escala da área aumenta. Até o momento, os ataques já deixaram 8.796 palestinos mortos, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
O conflito também aumentou a violência na Cisjordânia ocupada, onde 121 palestinos foram mortos em ofensivas de colonos judeus. Além disso, Israel está trocando ataques aéreos de menor escala com o grupo radical islâmico Hezbollah, no Líbano, o que gera preocupações de que o conflito se espalhe para outras áreas do Oriente Médio. O mundo observa com apreensão e a esperança de uma resolução pacífica parece distante.
