Segundo a decisão judicial, a notoriedade das notícias sobre o santuário poderia atrair um grande público para o local, sem que houvesse informações claras sobre as condições de segurança do espaço. Além disso, a localização remota do sítio onde a sede da organização está situada poderia dificultar qualquer tipo de assistência por parte do Poder Público em caso de emergência. Diante disso, a demora na tomada de providências poderia resultar em situações catastróficas.
A Nova Ordem de Lúcifer na Terra, responsável pelo projeto do santuário, é uma ordem religiosa que surgiu há aproximadamente dois anos, dentro da Corrente 72, um grupo de quimbanda independente. Com cerca de 100 membros ativos, a organização já realiza rituais ao ar livre no local.
Apesar de possuir registro oficial como instituição religiosa, o projeto do santuário tem enfrentado críticas nas redes sociais. Enquanto alguns enxergam a iniciativa como uma forma de promover a diversidade religiosa, outros a condenam, associando-a ao culto ao demônio.
Diante desse cenário de debates e tensões, a decisão judicial favorável à prefeitura ressalta a importância de se garantir a segurança tanto dos membros da ordem quanto do público em geral. A polêmica em torno do santuário de Lúcifer em Gravataí certamente continuará gerando discussões e acompanhamento por parte da sociedade e das autoridades.