O candidato opositor, Edmundo González Urrutia, obteve 43% dos votos, segundo os resultados proclamados pelo CNE. No entanto, a oposição divulgou em um site cópias das atas de votação que indicam uma vitória expressiva para González, levantando dúvidas sobre a lisura da eleição.
Apesar das exigências da comunidade internacional e da própria legislação venezuelana, o CNE não tornou pública as atas de votação, o que alimenta ainda mais as suspeitas de fraude eleitoral. A oposição, com base nos dados divulgados, argumenta que mesmo contabilizando todos os votos pendentes para Maduro, ele não conseguiria superar a vantagem de Edmundo González.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, endossou as informações apresentadas pela oposição, descrevendo-as como “evidência esmagadora” de irregularidades nas eleições. Diante desse cenário, a oposição venezuelana apelou aos militares, que historicamente apoiam Maduro, para que se posicionem ao lado do povo e não do governo.
A situação política na Venezuela permanece tensa e incerta, com acusações de fraude, falta de transparência e um clima de desconfiança em relação aos resultados eleitorais. O país segue dividido e aprofundando sua crise política, com impactos significativos na estabilidade da região.
Nesse contexto, a comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos dessa controvérsia eleitoral e pressionando por uma apuração transparente e imparcial dos fatos. A democracia venezuelana encontra-se desafiada e a polarização política tende a se intensificar nas próximas semanas.