De acordo com o comunicado do Cremesp, os produtos à base de PMMA são classificados como classe IV, de máximo risco, e a substância é considerada altamente perigosa. O conselho deu um prazo de 48 horas para a Anvisa atender à solicitação, ameaçando recorrer ao Poder Judiciário caso não haja uma resposta positiva.
Além disso, o comunicado destacou que tanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) quanto a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) não recomendam o uso de PMMA. O preenchimento com essa substância é utilizado em procedimentos estéticos e correções, embora seja considerado dificilmente removível pelo organismo, mesmo com cirurgia.
A Anvisa, no entanto, autoriza o uso de polimetilmetacrilato para fins estéticos e reparadores, como preenchimento cutâneo e muscular. No caso da influenciadora, a clínica responsável pelo procedimento foi interditada pela Vigilância Sanitária local, e foi revelado que a profissional que realizou a aplicação se apresentava como biomédica, mas não possuía registro profissional.
Essa notificação do Cremesp levanta questões sobre a regulamentação e segurança dos procedimentos estéticos que envolvem substâncias como o PMMA, ressaltando a importância da fiscalização e controle por parte dos órgãos competentes para proteger a saúde e a vida dos pacientes.